Uma parcela considerável das despesas de um condomínio é proveniente do consumo de energia em sistemas de uso comum. A maior dificuldade dos síndicos e administradores é, ao ver a conta de energia elétrica ou água, saber, dentre os inúmeros usos, qual o que gasta quanto e onde estão as oportunidades de redução de custos. Assim como o consumo coletivo de água faz com que a preocupação de cada condômino seja menor (como num "churrasco rodízio", consumir mais não influencia o preço), a conta agregada de água e eletricidade deixa o administrador num verdadeiro vôo cego: será o elevador, a luz da garagem, a piscina? Este consumo está diretamente associado aos hábitos de uso, à maneira como são operados os equipamentos elétricos e à eficiência desses mesmos equipamentos. O peso da "conta de energia" nas despesas de um condomínio pode assumir uma participação da ordem de 10%, dependendo do porte do condomínio, do número de equipamentos existentes e da maneira como as instalações são utilizadas pelos condôminos. A adoção de medidas de conservação de energia contribuirá de maneira eficaz para a redução do consumo e, consequentemente, das despesas. É importante lembrar-se que conservar energia não significa a privação do conforto e benefícios que ela proporciona. Conservar energia, dentro de uma visão mais ampla, implica na transformação da sociedade dita do desperdício em direção a uma sociedade mais racional na utilização dos recursos globais, especialmente os insumos energéticos. Basicamente, podem-se mencionar dois níveis distintos de conservação: a eliminação dos desperdícios e a introdução de técnicas que aumentem a eficiência do uso da energia. Nesse contexto, na maioria dos casos de eliminação dos desperdícios o investimento requerido é mínimo ou nulo, sendo os resultados obtidos através da conscientização dos consumidores. No segundo nível, há necessidade da realização de investimentos, seja na substituição de equipamentos e processos por outros de maior rendimento, ou na implantação de dispositivos de controle. Independentemente do porte e características do condomínio sempre haverá a necessidade de iluminação em áreas comuns, tais como: garagens, corredores, hall social, jardins, etc. Este item responde tipicamente por 40% do consumo de eletricidade em um condomínio. Evidentemente, esse número pode variar muito em função das peculiaridades de cada um. De toda sorte, é uma parcela importante do consumo, com muitas e boas oportunidades de redução de custos. As técnicas de iluminação artificial têm avançado muito nos últimos anos. Na época do racionamento, foi dada muita ênfase à troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas e o Brasil hoje é um campeão no uso destas lâmpadas. Otimizar o uso de energia em iluminação, entretanto, não é somente utilizar lâmpadas mais eficientes, mas também reatores e luminárias, fazer melhor uso da iluminação natural e sistemas de controle, desde o simples interruptor até sensores de presença e temporizadores.
Se o prédio não possuir interruptores temporizados nas lâmpadas dos corredores dos andares e garagens, pode-se instalar um dispositivo elétrico chamado "minuteria", o qual permite manter acesas temporariamente as lâmpadas desses locais. Existem dois tipos de minuteria: a eletrônica e a eletromagnética. Ambas permitem a instalação dos sistemas coletivo ou individual. Tendo em vista que a movimentação de entrada e saída de carros não é constante durante todo o período noturno, principalmente na madrugada, não se justifica ficarem as lâmpadas permanentemente acesas. O mais correto é possuir um controle do ciclo de operação das lâmpadas e isto pode ser conseguido através da instalação de sensor de presença. Elevadores consomem tipicamente um terço da eletricidade, havendo modelos muito mais eficientes que outros. As unidades antigas eram acionadas por motores de corrente contínua, acionados por geradores, acionados por motores de corrente alternada, ou seja, três máquinas em série. Hoje, dispositivos eletrônicos controlam motores de indução. Para economizar energia elétrica e evitar um maior acionamento dos elevadores, maior desgaste dos equipamentos, as recomendações são as seguintes:
Fonte: www.eletropaulo.com.br